quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Escola Amatuzzi - Semana do Folclore
Jogo de Xadrez em 3ª Dimensão - Download
War Chess - Diversão garantida para pais e filhos
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Os benefícios do xadrez para crianças
Muito se tem falado sobre os benefícios do xadrez para a aprendizagem das crianças. Durante o Campeonato Panamericando de Xadrez, que está acontecendo em Santa Cruz de Bogotá, na Colômbia, entre os dias 23 e 29 de Julho, o seminário "Educacion, Desarollo de Talentos y Construciones de Valores a través del Ajedrez", o tema foi abordado por professores, pais de família e treinadores de xadrez.
Uma das palestrantes do Seminário, a mestre internacional de xadrez, a colombiana Adriana Salazar Varón afirmou que ensinar xadrez é repassar valores éticos e potencializar habilidades. Para a colombiana, o xadrez pode ser ensinado às crianças a partir dos três anos de idade. Ela abordou os temas "Modelo Pegagógico para Ensino de Xadrez" e "Fantasia do Xadrez". Salazar é autora do livro "Juega el Maestro y Ganan los Niños" (São sete livros, um para o professor e seis cartilhas para os alunos) e também proprietária de centros escolares de xadrez na Colômbia e Espanha.
Segundo a mestre internacional, o ensino de xadrez para crianças é um ótimo recurso para desenvolver habilidades mentais, "inculcar" valores e desenvolver habilidades. Pois este jogo vai trabalhar a atenção, a imaginação, a projeção, a recordação, o pensamento obtido, a percepção de mundo, o planejamento, o rigor mental, a análise sistemática e a matemática. Assim, a criança vai mais que aprender, ela vai apreender habilidades mentais, como tomar decisões no momento certo, ter um pensamento crítico acerca dos fatos, calcular (habilidade importante para o ensino da matemática). Também vai permitir que a criança visualize, modifique e reafirme o pensamento, ou seja, facilita a relação do enxadrista com o mundo abstrato.
Salazar ainda lembrou que com o xadrez, meninos e meninos aprendem a partir dos erros. Isso permite que a criança tenha um pensamento hipotético, ou seja, ela vai analisar o fato partindo de suposições e criando hipótese. A capacidade de memorização não foi esquecida por ela, bem como a de codificar e decodificar e o pensamento criativo.
Quando aos valores que este jogo estimula na vida de meninos e meninos, ela citou respeito, responsabilidade, acatar normas, cortesia, aprender a ganhar perder , humildade, perseverança, disciplina, tenacidade, auto-estima, paciência, autocontrole, tolerância, amistosidade e as relações entre pais e filhos.
Salazar demonstrou que exemplos que o xadrez pode trabalhar as seguintes áreas: recreativa, desportiva, intelectual, cultural, ética e emocional. A recreativa, a palestrante lembrou que trata-se de jogo e deve ser mostrado de forma lúdica, divertida e mágica, características que fazem parte da vida das crianças. A desportiva pode ser observada através da respeito ao adversário,da pontualidade, da auto-estima que permite que o enxadrista acredite em si. Ainda nesta área, o xadrez pode funcionar como uma terapia, uma vez que a pessoa pode descarregar estresse e energia acumulada através do jogo.
Na parte ética, ela lembrou todos os valores citados acima. Trata-se de um jogo que trabalha a aquisição e a consolidação de valores éticos. O intelectual, talvez os mais abordados por teóricos, o xadrez ajuda a criança a memorizar, a ter atenção e concentração, a calcular e sintetizar, habilidades importantes no ensino formal de qualquer jovem. O lado emocional não foi esquecido por Salazar, que lembrou que quem pratica esse jogo aprender a ter autonomia, autodisciplina, autocontrole, tenacidade e controlar melhor. No cultural, a colombiana lembrou diversos enxadristas famosos no mundo todo e nas mais diversas áreas, mostrando assim que ele têm uma relação grande com diversos expoentes da cultura mundial.
O seminário, que aconteceu nos dois primeiros dias do Festival Pan-americano, também contou com outras importantes palestras, como "A magia do conhecimento do xadrez", "Esquema para treinamentos de alto nível, influência do xadrez no cotidiano das crianças", "O xadrez escolar - da teoria e a prática", "Xadrez e Razão", "Influência do xadrez no cotidiano das","O xadrez como formador de valores", dentre outros.
O chefe da delegação brasileira de xadrez que participa do Pan-americano de Xadrez, Gilson Chrestani, participou do seminário, afirmou que "o xadrez é, de fato, uma ferramenta muito útil para o desenvolvimento da pessoa como cidadão e ser humano e que ao ensinar xadrez não devemos ter como meta imediatista criar futuros campeões".
FONTE: http://www.panamericano2004.theblog.com.br/xadrez.rtf
Por Consolação Resende (Colombia)
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Escola Amatuzzi - Oficina de Xadrez com recursos em 3ª Dimensão
Alunos da Escola Amatuzzi interagem em oficina de Xadrez com recursos em 3ª Dimensão de Jogos de Xadrez
Peões que se moviam, duelavam para ocupar a casa adversária e cavalos alados que voavam em "L" segundo as crianças, deram uma nova perspectiva do Jogo que surgiu no Sudoeste da Europa na segunda metade do Século XV, durante o Renascimento, depois de ter evoluído de suas antigas origens persas e indianas.
Mitos da criação do xadrez
Existem diversas mitologias associadas à criação do jogo de xadrez, sendo uma das mais famosas aquela que a atribui a um jovem brâmane indiano chamado Lahur Sessa. Segundo a lenda do xadrez, contada em O Homem que Calculava, do escritor e matemático Malba Tahan, numa província indiana chamada Taligana havia um poderoso rajá que havia perdido o filho em batalha. O rajá estava em constante depressão e passou a descuidar-se de si e do reino.
Certo dia o rajá foi visitado por Sessa, que apresentou ao rajá um tabuleiro com 64 casas brancas e negras com diversas peças que representava a infantaria, a cavalaria, os carros de combate, os condutores de elefantes, o principal vizir e o próprio rajá. Sessa explicou que a prática do jogo daria conforto espiritual ao rajá, que finalmente encontraria a cura para a sua depressão, o que realmente ocorreu.
O rajá, agradecido, insistiu para que Sessa aceitasse uma recompensa por sua invenção e o brâmane pediu simplesmente um grão de trigo para a primeira casa do tabuleiro, dois para a segunda, quatro para a terceira, oito para a quarta e assim sucessivamente até a última casa. Espantado com a modéstia do pedido, o rajá ordenou que fosse pago imediatamente a quantia em grãos que fora pedida.
Depois que foram feitos os cálculos, os sábios do rajá ficaram atônitos com o resultado que a quantidade grãos havia atingido, pois, segundo eles, toda a safra do reino durante 2.000 anos não seriam suficientes para cobri-la. Impressionado com a inteligência do brâmane, o rajá o convidou para ser o principal vizir do reino, sendo perdoado por Sessa de sua grande dívida em trigo.
Diz uma outra lenda que o jogo foi criado pelo deus Marte (Mitologia Romana) ou Ares (Mitologia Grega) foi inspirado por Caissa, uma ninfa.
Origens históricas
Muito embora diversas civilizações antigas tenham sido apontadas como o berço do xadrez, tais como o Antigo Egito e a China dinástica, na atualidade a maioria dos pesquisadores concorda que o jogo tenha se originado na Índia por volta do Século VI d.C., na forma de uma antiga modalidade de xadrez com regras diferentes das atuais e denominado Chaturanga em sânscrito.
Posteriormente o Chaturanga difundiu-se na Pérsia durante o Século VII, recebendo o nome persa Shatranj, provavelmente com regras diferenciadas em relação ao jogo indiano. O Shatranj, por sua vez, foi assimilado pelo Mundo Islâmico após a conquista da Pérsia pelos muçulmanos, porém as peças se mantiveram durante muito tempo com os seus nomes persas originais. Dentre os praticantes de Shatranj à época, aqueles que mais se notabilizaram foram al-Razi, al-Adli e o historiador al-Suli e seu discípulo e sucessor al-Lajlaj. Diversos estudos foram feitos por al-Suli com o objetivo de compreender os princípios das aberturas e os finais de partida, além de classificar os praticantes de Shatranj em cinco categorias em razão de sua força de jogo.
Na passagem do primeiro milênio da nossa era, o jogo já tinha se difundido por toda a Europa e atingido a Península Ibérica no Século X, sendo citado no manuscrito do Século XIII, o Libro de los juegos, que discorria sobre o Shatranj, dentre outros jogos.
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