quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Banco de Ração: quando a política animal mostra que solidariedade também é gestão pública


🐶🐾 Em meio a tanta descrença na política brasileira, uma boa notícia surge no litoral do Paraná: Paranaguá acaba de aprovar a criação do Banco de Ração para Animais, inspirado no modelo já existente em Pontal do Paraná. Mais do que uma lei, trata-se de um gesto civilizatório: afinal, como medir o grau de humanidade de uma sociedade senão pela forma como ela trata os mais frágeis?

A política que alimenta vidas

De um lado, vemos o abandono: cães e gatos largados nas ruas, famintos, doentes, invisíveis. De outro, a solidariedade transformada em lei: um programa que organiza doações, mobiliza empresas e dá suporte a protetores independentes. Eis o contraste. Eis o símbolo.

Em Pontal do Paraná, o Banco de Ração já provou sua relevância: ONGs, famílias de baixa renda e protetores independentes recebem alimento para manter animais resgatados. São toneladas de ração que viram esperança. São convênios que mostram que parceria entre Estado e sociedade não é utopia, é solução prática.

Mas aqui entra a pergunta que incomoda: se uma cidade vizinha conseguiu, por que Paranaguá demorou tanto? 🤔

Responsabilidade não se terceiriza

O vereador Marcelo Péke Bocudo lembrou uma verdade desconfortável: quem adota, assume. Ser tutor não é apenas carinho e selfies fofas; é responsabilidade, custo, compromisso. A ração do programa não é “esmola”, é suporte emergencial para quem já arca com um peso que deveria ser coletivo.

E essa é a ferida: milhares de animais abandonados existem porque tutores irresponsáveis tratam vidas como objetos descartáveis. É a “cultura do abandono” que precisa ser quebrada — com educação, fiscalização e, sim, incentivo público.

Um gesto político com efeito multiplicador

Não é apenas sobre cães e gatos. É sobre cidadania, saúde pública e empatia social. Animais famintos nas ruas significam sujeira, transmissão de doenças, acidentes e até agressões. O Banco de Ração, portanto, é mais do que proteção animal: é política preventiva, é economia de recursos públicos no futuro.

E aqui cabe uma provocação: se empresas parceiras recebem divulgação e prestígio social ao doar, por que não ampliar essa lógica? Quantos supermercados, pet shops e agropecuárias ainda estão fora dessa corrente? E por que tantas prefeituras seguem inertes diante de um modelo já testado e aprovado?

A voz dos anônimos que fazem diferença

O exemplo da diarista Elisandra Regina de Assis, de Pontal, emociona e revolta ao mesmo tempo. Sozinha, cuida de 56 animais. Cinquenta e seis! Se essa mulher não desistiu, que desculpa nós, sociedade organizada, temos para cruzar os braços?

Quando ela diz que o Banco de Ração lhe dá forças para continuar, entendemos que não falamos apenas de animais. Falamos de vidas humanas transformadas pelo ato de salvar outras vidas. Falamos de dignidade.

Conclusão: mais que lei, é espelho da nossa humanidade

Se Pontal abriu o caminho e Paranaguá seguiu, o que falta para o restante do Brasil? Precisamos de mais Bancos de Ração, mais Bancos de Empatia, mais Bancos de Responsabilidade. A pergunta é direta: queremos cidades que cuidam ou cidades que abandonam?

Porque o abandono não é só animal. É também político. É também social.

💡 Que esse exemplo se multiplique. Que gestores entendam que não há contradição entre boa política e solidariedade. E que cada cidadão perceba: cuidar dos animais é cuidar de nós mesmos.

📢 Agora é com você: o que acha dessa iniciativa? Deveria se espalhar para todas as cidades brasileiras? Comente, compartilhe, cobre seus vereadores. A mudança começa na pressão popular.

#Política #Opinião #Brasil #Cidadania #CausaAnimal 🐾🔥🇧🇷

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